18 de setembro de 2009

Viridis

"Aos bosques por onde vaga minh'Alma

Sou remetido ao olhar por um segundo

Perco-me na vastidão das mais puras águas

Do Céu refletido... Profundo...

Às polidas Esmeraldas, cintilantes e caladas... Volto então...

Enquanto os volumosos vales vociferam sua imensidão



Vacilantes Ventos que cortam a floresta do teu olhar...

Espalhando tamanha luz que cega-me repentinamente...

Rendo-me a tua aura sobrenatural e sublime, pois, tentadoramente...

Dentro dos teus olhos mora o Luar...

Espírito meu, Alma tua, fundidos pelo verde dos Olhos

...teus..."





 -Igor Thomas

24 de abril de 2009

Sonhos de uma tarde cinzenta



"-O que pode ser aquilo que vejo? Ao longe um casebre daqueles esquecidos

Aproximo-me então? Olhando assim até me lembra a velha casa de Usher...

Sai! Desfigura-se então a paisagem dando lugar a um belo jardim, daqueles sempre lembrados

Belos jardins, estes não possuem árvores mortas, possuem?

...Já não é outono, ora pois, por quê caem tantas folhas douradas? Lá está a casa esquecida

Ao longe vai-se a sonhar a bela dos meus sonhos




O que sonhas tu, minha luz? Tão distante do abstrato mundo real...

Quão longe vais ao ser tocada a pele pelo astro rei? Que mistérios guarda inconsciente...

Sonhas comigo? E eu aqui tão longe do teu mundo onírico, no mundo físico...

Ao longe vou-me a sonhar acordado




Animais e vergéis nunca vistos, ou talvez apenas esquecidos

Não escuto minha voz, ela já não é minha, a Natureza fala por minha boca

Um som ancestral me lembra o gosto que a vida possui, sim eu me lembro

Uma natureza mórbida agora toma conta do espirito que jaz em mim

Lembro-me da casa então, aquela, a esquecida

Ao longe vai-se a sonhar a bela dos meus sonhos




Imagino-me ao leito da tua figura, minha dor é tão real

acordarás com ar de quem não sabe da vida um grão. estás tão ausente

devaneio-me ao olhar-te, tão bela minha Lua

Ao longe vou-me a sonhar acordado




A casa! Entrarei? Tão escura está a tal esquecida...

Ora se não sou eu, deitada ao leito de um quarto fúnebre, sendo lembrada

A efígie que de mim toma conta, dá-me uma sensação de amparo, quem há de ser? Já não me lembro

Adentro a casa então, e de súbito apagam-se então todos meus pensamentos

Não sei um grão da luz que invade meu ser, mas agora já lembro-me quem és tu, sonhador dos meus sonhos, lembro-me

Ao longe vamos a sonhar, um sonho de um só coração."




-Igor Thomas

23 de abril de 2009

Mártir

Às vezes,
sou um mártir...
meu próprio suplício e meu pranto
Sou a loucura dos infindos segundos sem teu semblante
a lucidez dos sonhos contigo

...Martirizado pelo tormento da tua ida
Almejada pele sua,
Agonizante tortura a minha
Alva, indecisa luz lunar que mostra-me o mar em teus olhos
Noites intermináveis, quero-te
Amado toque de pétalas das tuas mãos

Tu és a Lua que me toca, teu olhar tem o aroma das doces flores-de-lis
Sou completo enfim, quando voltas pra mim
Pois então volte, volte sempre...deixe-me como mártir por pouco tempo...
Com você...

...Sou o Sol




-Igor Thomas