4 de abril de 2013

Habitual Veneno


Sádico,
Latente e fatídico
Habitual e empírico

Traz o vinho que queima em minhas veias
Ardendo sob a pele lasciva
Acorrenta-me em tuas libidinosas teias

E assim eu respiro você, lúbrica
Ao afastar-me sou trazido de volta
Aos teus braços, à tua vida

Promessas escorrem da língua
Como um veneno que esgota minha essência

Cativa aos seus toques, ela míngua

E a morte certa é bela ao seu lado
Não desejo ser salvo
Você é o meu pecado

Envenena-me outra vez
Somente para assistir sua presa
E assim saber o que fez
E que para sua surpresa,

Seja doce o seu veneno
Habitual veneno,
Ao qual sou resistente
Porém, dependente.


-Igor Thomas