1 de fevereiro de 2016

O Céu, o Mar e Eu.
















Outrora assisti o Céu
Inalcançável, impossível 
Sempre presente, sempre distante
Azuláceo absoluto e hipnotizante

Outrora contemplei o Mar
Profundo e misterioso
Tentador e, por vezes, perigoso
Exatamente onde queria estar 

Outrora observei o dia
E então, quem diria?
Quem diria que um dia
O impossível e profundo aconteceria

O Céu veio a mim, juntou-se ao Mar
Projetou luz num olhar
Decidiu então me abraçar
Ahh, o profundo Mar.

Sussurrava o som das ondas em meu ouvido
Assim como o bater das asas de um pássaro perdido
Mistérios das mais profundas águas
E verdades sobre os mais altos voos das águias

E assim como um sonho bom, o Céu partiu
O Mar, ao longe, sorriu e dormiu
Ainda recordo-me do toque, do cheiro
Ao olhar fios do Céu cabelo espalhados pelo travesseiro.


-Igor Thomas

4 comentários:

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  4. O azul do mar é o reflexo do azul do céu. Sem o céu, o mar é água escura, profundezas inexploradas, zonas inalcançáveis. O céu tenta abraçar o mar e espera que suas duas infinitudes se encontrem, também. O céu ama o mar. O céu dá ao mar tudo que pode dar. O céu ama o encontro do céu e do mar. Mas, sem o mar, o céu continua sendo infinito e azul. Azul vibrante. O mar é um movimento que, no fim, não vai a lugar nenhum. Captura com suas ondas, inebria... E depois empurra tudo de volta para a beira da praia. O céu naufragou e, por muito tempo se perdeu, achando que o mar era profundo demais. Mas o mar se enganou. O céu é muito maior que o mar. O céu não tem limites. O mar parece, o céu é. O céu foi seu, mas o mar nunca foi de ninguém. Agora o céu sou eu, e o mar sou eu também.

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